segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Fonética

Olá Grupo de Estudos,


Vamos colocar hoje no blog uma breve introdução sobre a fonética.

Na postagem anterior disponibilizamos algumas tabelas e alguns sites para obtermos maiores informações, agora vamos seguir nossos estudos tendo como base o livro "Fonética e fonologia do português" de Thais Cristóforo Silva.

Para tanto, Juliana Scremim fez um esquema da parte inicial no livro:


Fonética

1. Introdução:
Representação gráfica do som;
Produção da fala fisiologicamente;
Descrição do aparelho fonador;
Articulação;

Fonética: Ciência
Métodos para descrição (válidos para todas as línguas naturais)
Classificação e transcrição dos sons da fala

Divide-se em:
Articulatória – órgãos ativos e passivos, pontos e modos de articulação, compreende a fala do ponto de vista fisiológico;
Auditiva – habilidade perceptiva de emissão e recepção do som;
Acústica – transmissão do conteúdo ao interlocutor, estudo das propriedades físicas do som;
Instrumental – estuda as propriedades físicas da fala porém com auxilio de laboratórios.

2. O aparelho fonador:
É usado para produzir qualquer som.
Os três grupos de órgãos usados na produção fisiológica da fala são:

o sistema respiratório - composto por pulmões, músculos pulmonares, brônquios, encontrando-se na parte inferior à glote; sendo sua função primária a respiração;

o sistema fonatório – composto pela laringe. Nela se localizam as cordas vocais, a glote que é o espaço decorrente da não obstrução dos músculos da laringe e a epiglote, que se localiza ao final da língua e acima da laringe. A função primária da laringe é atuar como uma válvula que impede que o alimento entre nos pulmões por meio da epiglote.

O sistema articulatório – composto pela faringe, língua, nariz, palato. Dentes e lábios, encontrando-se na parte superior a glote; sendo suas principais funções primárias: morder, mastigar, engolir, sentir o paladar,cheirar, sugar, engolir.

Levando em conta as características do aparelho fonador, é possível afirmar que existe um número limitado de sons nas línguas naturais, um conjunto de 120 símbolos é suficiente para categorizar as vogais e consoantes desta.


Bom, por enquanto é isso. Lembramos que comentários e sugestões são sempre bem-vindos!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Fonética

Olá pessoal do Grupo de Estudos de Lingüística!
Primeiramente gostaríamos de agradecer os comentários. São poucos, porém válidos. Espero que comentem mais, para que possamos dar continuidade às nossas discussões.

Seguindo nossos estudos, vamos fornecer informações para os estudos da fonética. Abaixo estão listados links de sites, nos quais podemos encontrar estudos fonéticos de modo explicativo e interativo. Apresentaremos também as tabelas fonéticas que facilitam nosso estudo.

Estes são os links:

http://www.sil.org/mexico/ling/glosario/E005ei-VowelsChart.htm

http://www.sil.org/mexico/ling/glosario/E005ci-PlacesArt.htm

http://www.sil.org/mexico/ling/glosario/E005di-ConsChart.htm

http://www.arts.gla.ac.uk/IPA/ipachart.html

http://www.cefala.org/fonologia/



As tabelas:












Bom, por hoje é só. Vale lembrar que esse é só o começos dos estudos da fonética e da fonologia, teremos muito mais pela frente.

Até a próxima.

sábado, 4 de outubro de 2008

Muito Além da Gramática

Olá colegas do Grupo de Estudos de Lingüística!

Vamos agora fazer uma discussão sobre uma proposta sócio-interacionista. Para tanto temos um esquema topicalizado do livro “Muito Além da Gramática” de Irandé Antunes.

“A língua é parte de nós mesmos, de nossa identidade cultural, histórica, social. É por meio dela que nos socializamos, que interagimos, que desenvolvemos nosso sentimento de pertencimento a um grupo, a uma comunidade. (...) Além disso, a língua mexe com valores. Mobiliza crenças. Institui e reforça poderes.” (p.22)

Definições de Gramática:
1- são regras que definem o funcionamento da língua;
2- regras que determinam o funcionamento de uma norma, por exemplo a gramática da norma culta;
3- uma perspectiva de estudo, exemplo: gramática gerativa, gramática estruturalista;
4- uma disciplina escolar;
5- de um livro, exemplo: gramática de Celso Cunha;

Língua e Gramática não são a mesma coisa:
- A língua como um sistema, é composta por um léxico e uma gramática;
- O seu uso compreende uma situação de interação e a composição de textos;
- A gramática é apenas um componente dessa entidade complexa que é a língua;
- O estudo da língua deve compreender a sua totalidade;

Saber gramática não é suficiente para saber falar, ler e escrever com eficiência;
- Além do conhecimento gramatical a iteração verbal requer outros tipos de conhecimento:
- o conhecimento de mundo;
- conhecimento das normas de construção textual;
- o conhecimento das normas sociais de uso da língua;

Dentro da primeira definição de gramática, considera-se como regras gramaticais as orientações que especificam os usos da língua em determinado contexto. As normas que ditam como devem ser constituídas as unidades da língua, nos seus âmbitos fonológico, morfossintático, semântico e pragmático;

Norma Culta e Norma-padrão

Norma Culta
- tradicionalmente, é considerada o falar mais prestigiado socialmente;
- não é usada efetivamente em todas as situações de interação verbal;
- seu uso é próprio das situações formais;
- é mais utilizada na comunicação escrita;

Norma-padrão
- tentativa de garantir uma uniformidade lingüística;
- é determinada pela intenção de facilitar a comunicação pública;
- tende a ser conservadora, mantendo padrões que representam os usos gerais da língua e desprestigiando os usos específicos de uma região;

- O uso de uma língua não deve ser prescrito de acordo com uma norma considerada correta;
- As línguas são fatos sociais utilizadas em contextos diferentes e com funções específicas, portanto como existem diversas situações de comunicação pode haver também padrões de uso da língua diferentes;
- O bom uso da língua é uma questão de adequação;

- Os estudos lingüísticos devem levar em consideração o uso da língua, a realidade dos fatos lingüísticos;

- Os equívocos relacionados à concepção de gramática e ao modo como ela é ensinada nas escolas decorre de uma falta de conhecimento de base científica sobre o que é língua, o seu funcionamento, seus componentes e as implicações sociais e políticas dos seus usos;

- Considera-se a o funcionamento da língua como uma atividade interativa, entre dois ou mais interlocutores, realizada por meio de textos orais ou escritos, em diferentes suportes, com diversas finalidades e de acordo com situações socioculturais e com o contexto;

- De acordo com essas idéias, o papel da escola é capacitar o aluno para o domínio da leitura e da escrita dos mais diversos gêneros textuais. O aluno precisa aprender a usar a linguagem em seus diversos aspectos, entrar em contato com suas variações e não apenas saber as regras gramaticais;

E com relação à importância da linguagem:
“A apreensão de qualquer conhecimento passa necessariamente pela linguagem. Isto é, o que aprendemos tem como acesso e como percurso a linguagem. Privar, portanto, as pessoas de um amplo e consistente conhecimento dessa linguagem é priva-las de chegar a uma porta que abre para inúmeros atalhos... e de onde se pode enxergar um horizonte vastíssimo.” (p. 123)



Essas são algumas idéias estão no livro da Irandé Antunes, esperamos que possam levantar uma boa discussão. Em grupo surgiram as seguintes questões:
- Como aplicar a teoria na prática em sala de aula?
- É necessário o estabelecimento de uma norma-padrão para o uso da língua? Com que finalidade?
- Que teorias são contrárias à proposta sócio-interacionista?
- Qual a importância do estudo da gramática de uma língua?


Meus caros, por hoje é só. Sintam-se à vontade para comentar, criticar, sugerir, questionar e, o mais importante, discutir.